terça-feira, 30 de abril de 2013

A Vivência Pastoral





Prática que nasceu já nas sociedades nômades, a pastoral diz respeito ao conjunto das atividades do pastor. Está relacionada ao desenvolvimento de habilidades para domesticação de animais, reprodução e controle do rebanho. Ao pastor cabia o cuidado do rebanho. Atividade que exigia conhecimento das preferências dos animais, dos melhores terrenos e pastagens, das fontes de água, dos hábitos dos predadores, das formas de conduzir às melhores pastagens, entre outros.
A Pastoral também suscita a vivência da Oração,
através de Jesus que o nosso Intercessor junto do Pai.
 
Não tardou para que a pastoral fosse utilizada como metáfora da função do mestre religioso em relação aos discípulos e a todo o rebanho de fiéis. A pastoral se transformou em sinônimo de participar de uma missão comunitária definida. O ingresso na comunidade acontece por opção e um ritual de compromisso, que sela a passagem da situação anterior para a nova. A partir desta marca o indivíduo se torna parte de um povo.
A vivência nos remete à uma experiência integrada, quando feita na entrega.
Pastoral remete, assim, à opção por um modo de vida marcadamente comunitário. O ingresso na comunidade marca uma mudança de vida, a partir da qual a pessoa se torna participante da realização de uma missão. A sua realização pessoal está diretamente relacionada à missão da qual faz parte.

Evangelizar é preciso!


 
As Escrituras Sagradas fornecem ensinamentos para a caminhada do Povo de Deus.

Evangelização

Literalmente significa a ação de anunciar o evangelho. Evangelização é a ação através da qual se pretende influenciar as outras pessoas a viverem de acordo com a proposta de Jesus de Nazaré.

No Evangelho, Jesus se apresenta como o Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas (cf. Jo 10, 1-21)

O papa Paulo VI, na encíclica Evangelii Nuntiandi, número 19, traduz a ação evangelizadora da Igreja da seguinte forma: “Para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação” (grifo do autor).
A definição é contundente e esclarecedora. Enfatiza a evangelização como uma ação com finalidade de transformar a pessoa, a comunidade e a sociedade para que vivam de acordo com a Palavra de Deus, não de qualquer modo, mas pela força do evangelho. O evangelho é, portanto, a referência central da ação evangelizadora.

Espiritualidade na Pastoral


 
A mística mantém acesa a chama do fogo abrasador presente na vida.

Espiritualidade

A palavra espiritualidade vem de espírito. A Bíblia trata de duas grandes noções de espírito, uma com E maiúsculo e outra com e minúsculo. Quando usa Espírito está se referindo ao Espírito de Deus. Quando usa espírito remete ao espírito que move as pessoas.
Quando é o Espírito de Deus quem move as pessoas, temos um espírito cosmológico: unifica, congrega, mantém as relações (simbólico). Quando é o espírito imundo quem move as pessoas temos um espírito caótico: que divide, separa e destrói as relações (diabólico).
Espiritualidade é o espírito que move as pessoas. Não é algo que herdamos do nascimento, nem algo que incorporamos com uma investidura. Mas um determinado modo de ser que construímos.
Fundamental é a unidade que alimenta a vivência prática

Há, como vimos, duas formas de construir e viver a espiritualidade: a caótica e a cosmológica. As escolas, feitas de pessoas, constroem a sua espiritualidade.
Uma escola em pastoral somente se justifica se fundamentada num espírito que une, congrega, mantém e vivifica as relações.

Escola e Gestão


 
Um dos maiores desafios está relacionado com a gestão da educação frente as novas gerações
Gestão
Gestão significa gerir ou administrar negócios. Negócio é uma relação de troca que acontece no mercado.
Há mercado quando: a) consumidores percebem uma necessidade ou um desejo; b) exista ao menos um produto e/ou serviço que atende a este desejo; c) haja capacidade de compra.
A percepção da necessidade ou o desejo está no centro das transações de mercado e medeia a relação entre as partes: uma que oferece um produto e outra que está interessada em adquiri-lo.
A gestão tem a ver com as duas dimensões do negócio, a interna e a externa. A interna diz respeito a todos os processos de gestão que garantem a produção e entrega do serviço. A externa se refere à relação do negócio com o mercado.
Assim, gestão não é um tema de responsabilidade do departamento administrativo e financeiro da escola, mas de todos os que interferem na produção e distribuição do serviço educacional.

Um conceito relacional e aberto


A categoria escola em pastoral será devidamente compreendida quando em relação com os conceitos que abordamos anteriormente: educação, pedagogia, escola, pastoral, evangelização, espiritualidade e gestão.
Escola em pastoral não diz respeito somente à imbricação entre pedagógico e pastoral, mas a um novo modo de pensar, agir e ser de toda a escola, em uma palavra, em uma nova escola.
O próprio nome, Escola em pastoral, pode induzir as pessoas a pensarem numa priorização do aspecto pastoral em relação aos outros. O imaginário social sobre pastoral, por sua vez, remete a atividades de cunho religioso, o que poderia justificar este reducionismo. Se entendermos pastoral como participar de uma missão, então podemos falar em escola em pastoral.
Talvez fosse mais adequado buscarmos uma nomenclatura mais holística, pois pastoral responde somente a um dos aspectos que compõem o sentido. É um desafio que permanece em aberto.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Semana da Cidadania no Colégio São José


A Pastoral Escolar e a Ação Social do Colégio São José, em espírito de unidade com toda Comunidade Escolar e Familiar dos/as nossos/as Educandos/as promoveu, entre as turmas (do infantil, fundamental I e II ao E.M), a “Caravana da Cidadania”, em consonância com a Semana da Cidadania (SdC) que ocorre todos os anos, organizada pelas Pastorais de Juventudes, desde 1996 durante os dias 14 a 21 de abril e enfatiza a dimensão sociopolítica como parte do processo de formação integral de todos cidadãos e cidadãs.
O objetivo dessa semana foi envolver nossos/as educandos/as para a ação cidadã, como forma de discipulado missionário e solidário, que envolve nossas famílias.
As experiências que fizemos foram exercícios do anúncio e engajamento na realidade concreta de estudantes comprometidos com a reparação das injustiças e com a construção da igualdade social e dos direitos humanos, como sinais do Reino de Deus.
Arrecadamos donativos e fizemos visitas à lugares onde o Colégio manterá Projetos de apoio, acompanhamento e assistência.
Nosso roteiro durante a Semana, dos dias 15 à 19 de Abril, foi o seguinte:

Segunda-feira (15/04):
Recolhimento dos donativos feitos nas famílias de estudantes do Colégio. Os donativos se restringiram à: - Leite em Caixas; - Sabonetes; - Produtos de Limpeza e outros produtos específicos às crianças e idosos, tais como: alimentos, biscoitos, chocolates... doados caritativamente.

Terça-feira (16/04):
Organização de donativos por especificidade de lugar (separação na Sala da Pastoral)

Quarta-feira (17/04): Manhã e Tarde:
“Caravana da Cidadania”: um giro nos lugares escolhidos (1º. Asilo Municipal; 2º. Lar Pe. Jacó; 3º. Casa de Acolhimento Santa Paulina).
No Asilo Dom Bosco - Itajaí-SC.
 

Quinta-feira (18/04):
Refletimos e Celebramos com as turmas do Ensino Fundamental sobre a importância da Cidadania e suas implicações práticas na vida diária, escolar, familiar... conscientizando os/as educandos/as sobre as propostas e projetos do ano na perspectiva Pastoral e Social.


Sexta-feira (19/04):
Reflexão sobre a Cidadania com o Ensino Médio...




Refletindo os aspectos vivenciados nesta Semana

Embora a concepção mais comum de cidadania seja o “conjunto de direitos da pessoa que vive em sociedade” (cf.  subsídio da SdC), nós, enquanto segmento sócio-pastoral do CSJ, entendemos que mais do que isso, a cidadania é um verdadeiro exercício desses direitos que culmina em participação efetiva e eficaz na vida social. É uma forma de vivência e testemunho daquilo que se acredita e se realiza. Por isso, nos motiva crer nos horizontes que a esperança nos trás ao vislumbrar os projetos e todo esse potencial presente no “Corpo Escolar” do Colégio São José. Somos todos/as colaboradores/as na construção da Cidadania.

Nesta semana, as famílias dos/as nossos/as educandos/as, juntamente com estes/as, deram verdadeiro sinal, exemplificando o que afirmamos logo acima, ou seja: assumiram o desafio de conseguir doações à três (03) lugares/projetos que escolhemos e que o Colégio São José se responsabilizará em acompanhar entre as turmas da Educação Infantil ao Ensino Médio. Assim, fundamentamos nossa caminhada Cidadã deste Ano, conforme o previsto, em uma ótima iniciativa entre todos/as nós! Como disse nossa Orientadora Suzana Ramos: - "Nada é mais forte do que todos nós juntos!"

Em meio às nossas visitas de entrega dos donativos, refletíamos com nossas crianças, adolescentes e jovens que o mais importante não eram as doações que trazíamos, mas o compromisso consciente e cidadão que assumimos ao estar presentes com estes outros cidadãos e cidadãs no Asilo Dom Bosco, no Lar Padre Jacó e na Casa de Acolhimento Santa Paulina.
Aqui, fica registrado nossa gratidão à todas as famílias do Colégio que aceitaram se comprometer junto conosco nesta missão e aos que cederam além do tempo, os braços, pernas e seus corações abertos para acolher, abraçar e vivenciar dos momentos desta Semana que finda no espírito de consciência e responsabilidade cidadã.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Nossa Oração a Deus



Reinaldo João de Oliveira
(Coordenador e Agente de Pastoral Escolar no Colégio São José)

A oração é parte integrante da nossa espiritualidade e identidade, enquanto “ser” que busca agir na forma do Espírito que sopra e respira em nós. Por isso, podemos dizer que a Oração suscita aquilo que nosso coração aspira e o que nossa vida expressa, enquanto ato de vida no Amor, que é o próprio Espírito Santo.

Artistas inspirados e também poetas resumiram em poucas palavras o que muitos destinaram teses para dizer: aquilo que é possível de se experimentar num simples ato de entrega, louvor, adoração, súplica, gratidão... Os Anjos se rendem à inspiração humana, pela encarnação da vontade do próprio Deus, que é sensível à fonte que brota do amor no interior de cada pessoa orante.

Bate na porta do céu, disse Bob Dylan! Sobe até os céus como incensos as palavras e a meditação suave da alma humana. No Evangelho Jesus nos diz: “Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mateus 7,7-8). Peçamos, portanto! Batamos na porta do Céu! Com os pés no chão, mas com o espírito voltado para Deus.


Oremos:
“Jesus, nosso Mestre, somente Tu tens palavras de vida eterna. Ilumina nossa mente, nossos pensamentos e atitudes. Ilumina nossas famílias, nossos amigos, colegas, educadores, educadoras, nosso Colégio São José e toda estrutura que o integra... Não queremos ver, julgar, ou agir senão conforme os desígnios de seu amor.”