(Sugestão de leitura
bíblica: 1 Samuel 16.7-12)
Há muita sabedoria nos ditos
populares. E eles estão inseridos no dia a dia da vida de todos nós, e têm a
ver com as diversas realidades da nossa existência.
Ontem, ao vir para o trabalho, ao
longo do trajeto, havia uma frase estampada em um muro com o seguinte dizer:
“Quem vê cara, não vê coração”.
A pessoa que escreveu a frase se
referia ao mundo das aparências. Aquilo que parece ser, mas que, quando você
vai ver, não é!
Outras frases remetem ao tema: “Nem
tudo o que parece é”, “Quem te conhece não te compra”, “Nem tudo o que reluz é
ouro”, “Nem tudo o que balança cai”...
Há muitas do gênero e, certamente,
você terá outras e poderia acrescentar à lista...
Aparência remete à uma imagem que
fazemos de alguém. Pode ser também que alguém tenha criado uma imagem de si
que, no fundo, ele sabe que não é...
Numa canção popular que fez sucesso
no início dos anos 1980, há um trecho que trata do assunto: “Quantas vezes nós
fingimos alegria sem o coração sorrir... Aparências nada mais sustentaram
nossas vidas...”. Em mais adiante: “E ver onde a verdade se escondeu...”
(Música “Aparências”, Marcio Greyck).
Se pensarmos bem, veremos que o mundo
vive sob o enfoque do aparente, do que se apresenta com aspecto do belo, do que
encanta os olhos, dos padrões e paradigmas modernos que insistem a todo
instante a fim de nos enquadrarmos no que se convencionou como sendo modelo ou
protótipo. E quem não se adapta, ou corresponde a tais exigências, ou se sente
excluída, ou tenta a todo custo ser parecido...
Um exemplo: o padrão de beleza: ser
magro, ter um corpo escultural, se possível magérrimo...
Assim, também nós, querendo ou não,
pouco ou muito, avaliamos o nosso semelhante, por uma mentalidade que se
encontra arraigada dentro da gente e que reflete o exterior, aquilo que foi
padronizado...
Da mesma forma que avalio, também sou
avaliado. Pior: tornarmo-nos escravos dessa mentalidade, e é raro pensar
diferente da maioria, pois muitas vezes inconscientemente até, não conseguimos
pensar e muito menos agir de outro jeito...
E assim, acabamos vendo as pessoas e
o mundo de acordo com o que se é estabelecido pela sociedade, pela cultura na
qual nos encontrarmos inseridos, outras vezes condicionados pelo olhar
religioso...
E se algo se nos apresenta de maneira
fora do convencional, do padrão preestabelecido, acaba sendo excluído,
“deletado” por nós...
Na época de JESUS não era diferente.
Ele foi um crítico veemente de quem parecia ser uma coisa e não era bem aquilo,
ou não era nada daquilo que aparentava ser... Ele criticou os membros de um
grupo denominado fariseus e chamou-os de “sepulcros caiados”, ou seja, belos
por fora, feios (podres) por dentro; também usou expressões duras como de
“raças de víboras”, “hipócritas”.
Já pensou JESUS dizendo isso da
gente?
E, convenhamos: ali estava alguém com
propriedade em falar acerca desse tipo de gente, afinal JESUS os conhecia para
além dos trajes que vestiam, dos cargos que ocupavam, das posses, do credo
religioso, pois os conheciam por dentro...
“Lembre-se de que a aparência externa
é somente uma capa onde escondemos nosso verdadeiro interior” (Autor desconhecido).
“Cuide de seu caráter, não da sua
reputação. Seu caráter é quem você é, e sua reputação é quem as pessoas pensam
que você é” (John Wooden).
“Quem pouco tem é quem procura
mostrar mais do que possui” (C. Torres Pastorino).
“O nosso problema é querermos
satisfazer a expectativas dos outros e esperar que os outros satisfaçam as
nossas” (Ronaud Pereira).
“Status é comprar o que você não
quer, com o dinheiro que você ainda não ganhou, para mostrar às pessoas que
você não gosta, a pessoa que você não é” (Will Smith).
“Seja uma pessoa que valoriza a
essência, não a aparência, cultive os valores mais profundos e não caia na
tentação de se tornar um 'super' em um mundo de estrelas sem brilho próprio” (Roberto Shinyashiki).
“PORÉM O SENHOR DISSE A SAMUEL: NÃO
ATENTES PARA A SUA APARÊNCIA... PORQUE O SENHOR NÃO VÊ COMO VÊ O HOMEM, POIS O
HOMEM VÊ O EXTERIOR, PORÉM O SENHOR, O CORAÇÃO” (1 Samuel 16.7).
Que a ternura de CRISTO esteja presente
em mais uma jornada deste inverno frio, aquecendo os corações daqueles/as que
tiverem a alegria de encontrar-se conosco, ainda que de passagem!
Pelo compartilhamento,
estendendo a gratidão e o espírito solidário ao amigo e Irmão, Prof. Odaril José da Rosa.
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