Aqui, a compreensão de Pastoral esta relacionada a uma perspectiva cristã. Combinamos a qualidade da educação com as exigências nas relações, embasadas na pedagogia do amor e na espiritualidade, enquanto eixo do processo de ensino-aprendizagem em cada uma das ações, planos e projetos da escola. A pedagogia do amor tem suas raízes na tradição cristã e se atualiza no dinamismo do mundo.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
ESCOLAS CATÓLICAS: DIANTE DE UM NOVO TEMPO
(Anotações de Reinaldo João de Oliveira)
Este
encontro aconteceu em Curitiba-PR nos dias 08 e 09 de Julho de 2013. Teve ampla
participação de várias Escolas Católicas do Brasil, com mais de 100 pessoas
participando, representando mais de 50 Congregações Religiosas que exercem a
função de Educar, através de escolas confessionais.
Foram
várias reflexões suscitadas à luz do tema supracitado, com o acréscimo destaque
de estarem todas em consonância e em realidades contextualizadas, “diante de um
novo tempo”.
As
Palavras iniciais de acolhimento foram demonstradas pela coesão dos assessores
desafiados à fazerem uma leitura interdisciplinar, em consonância com a
teologia em diálogo. As abordagens sobre este aparato que, de forma lúcida, foi
assumido como o desafio, foi trabalhado com pertinentes críticas aos assuntos
da atualidade da educação brasileira especificamente, focando no que seriam
diferenciais das Escolas Católicas, conforme apresento a seguir.
Os
temas interligados sequencialmente a partir da
ordem de apresentações:
Escola Católica em Pastoral
Assessoria de José Carlos Oliveira
Ideia
inicial: um encontro apenas para escolas confessionais Católicas.
Foco
da reflexão: o papel das instituições educativas (papel
transformador)
Elementos para pensarmos:
· Jesus (de
Cafarnaum à Jerusalém = para concretizar sua missão, percorreu um caminho que
nos mostra hoje qual deve ser o nosso): a Paz era sua mensagem, testemunho e invocação
= que nos torna responsáveis como seguidores/as...
· Seguindo
aprofundando: o termo “Escola em Pastoral” é algo dinâmico (Medellín já acenava
o contexto de escolas para os mais empobrecidos).
· A Práxis
serviu como instrumental de leitura da realidade à luz da Palavra (Escrituras)
e do Magistério
(do que cremos), além da Tradição.
· O que é uma
Escola Católica (Como se define? Pra que existe?)?
· Terceirização
das funções dentro da escola (motivações: envelhecimento de religiosos/as,
mudança de época...);
· O que é? Para quê?
Como era? Como está? Como será?
· Importantíssimo
refletir hoje sobre: “identidade” e “missão”
· Citação de que
“os teólogos” afirmam que: - “Jesus anunciou as Boas Novas do Reino, mas não
fundou nenhuma instituição” (Mas, não nomeou os autores, e nem especificou que
não são todos os que sustentaram e continuam afirmando essa teoria...) = continuando,
terminou por citar que as fundações couberam às bases e pilares (Pedro e Paulo
= evidente que tiveram outros além destes “prediletos pela história cristã mais
contada, escrita”).
· O que significa
o Cordeiro (sentido) na missão, vocação...?
Vídeo
transmitido em partes com a reflexão de Claudio Pastro (Artista que compõe pinturas
Sacras na Basílica de Aparecida e que fez a arte do nosso Encontro):
· O valor da arte
no processo educacional (a “imagem”) = nossa escola está preparada para nos
educar pela imagem (pelos ícones, principalmente), dando significado às imagens?
· Eventos da
Igreja deste nosso momento presente, citados: Ano da Fé / 50 anos do Vat. II /
JMJ / Encontros Teológicos / Encíclica Lumen Fidei = Luz da Fé.
Temas desenvolvidos à luz destes:
· O Apelo à
reflexão; Resposta às necessidades destes tempos (sinais); Enfrentamento aos
novos desafios; Aprofundamento da fé; Retorno às fontes; Pastoral orgânica (com
a Igreja Particular e local); Valorização da ação apostólica...
Rememorando:
· Documentos da A.L
(Medellín
– Colômbia, 1968 = Libertação; Puebla – México, 1979 = Comunhão e
Participação; Santo
Domingo – Rep. Dominicana, 1992 = Inculturação; Aparecida – Brasil, 2007 =
Missão.
Contextualizando:
· A objetividade
do plano de aula na “arte de educar” (analogia de uma escola em pastoral pelo
próprio testemunho; no atendimento aos educandos/as e seus pais/mães,
familiares) = pela forma de ser (postura);
· O que é? Instituição à
serviço da Igreja = confessional.
· Identidade filosófica e institucional: Instituição
social, histórica e com credibilidade; Instituição de fé e de razão (cultura);
Instituição credenciada pela Igreja; Espaço de Ação Apostólica; Responde a um carisma;
Iniciativa privada.
· Finalidade: Formação
integral = integralidade; Implementação de um currículo evangelizador;
Propulsora do saber acadêmico; Campo de ação pastoral = apostólica; Propagação
dos valores do Reino; Revelar o
Ressuscitado; Ação Profética (atitude do anúncio, denúncia e testemunho).
· Passado: Proprietária de
um saber prosélito; Centralidade de governo-autoritário; Disciplinada;
Ritualista; Conteudista; Uniformalista = forma; Dogmática e absoluta; à serviço
de uma sociedade soberana; Sagrado como Supremo.
· Presente: Desafiada;
Crise de identidade/carisma/especificidade; Dificuldade em gestão – pessoal;
Apelos sociais; Novas tecnologias educacionais e pastorais; Articulada com a
Igreja Local e Particular; Espaço de evangelização, nos valores do Reino;
Preocupação em manter o diálogo: Fé e Ciência.
· Futuro: Proatividade na
Ação apostólica; Fidelização nas parcerias; Abertura ao Espírito; Escola =
lugar celebrativo; Transcendência curricular; Comunhão/Missão; Criatividade;
Humanística; Identificar-se com o Divino.
· Educar: na
transcendência, através da Arte (e outros tipos de linguagem, na nossa Ação
pastoral e apostólica); Apresentação da beleza de Deus; Celebração da Vida;
Comprometimento da Fé – Lumen Fidei (à
Luz da Fé); Valores humanos e cristãos; Diálogo...
· Escola em Pastoral: É ser propulsora
= a) uma Igreja pobre para os empobrecidos;
b) Primazia da humildade: somos
todos “franciscanos”; c) estar
imerso no povo - solidariedade; d)
Não ter medo da ternura e da misericórdia; e)
O verdadeiro poder é o serviço; f) A
fé se propõe, não se impõe; g) A
Igreja/Escola não é organização humanitária – ONG e Empresa; h) Dizer não ao pessimismo; i) Saber sorrir e ter esperança; j) importância da unidade; l) A evangélica coragem da sinceridade;
m) Comunidade/fraternidade
educativa; n) valorização dos leigos
na ação apostólica.
· Escola e Igreja = uma é
extensão da outra... A Igreja nos educou e nos educa através da Liturgia: se a
liturgia não é profunda, tranqüila, que apresente a verdade com base profundas,
apenas se torna um show a mais... E que não sejamos apenas um show a mais. Mas,
que nossa liturgia revele a beleza da vida!
· Educando pela
Arte, pela Imagem, pelas relações, na imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26); à
Luz do Amor-Ágape.
2º Tema:
O papel dos Educadores Leigos na Escola Católica
Assessoria de Cesar Kusma –
Teologia PUC/2013
Aproximando-se do tema
· O que se quer
com esta temática (objetivos e desafios...; Importância e relevância...; Um
novo foco diante das novas questões sociais...)
· O papel dos
educadores católicos como extensão dos braços da Igreja...
· Autonomia que
os/as educadores/as leigos/as têm para atuar...
· Uma primeira
aproximação histórica com a questão dos Leigos...
· O termo Leigo (Laos) – tem um contexto e um desafio: -
a novidade de sua condição que surge com o Vaticano II; - Leigos – um verdadeiro
apostolado – chamados a servir...
E os educadores leigos? Quem são e qual a sua especificidade,
vocação e missão?
· Todo/a leigo/a
Cristão possui o munus (Sacerdotal,
Profético e Régio);
· Opção por Jesus
(Qual Jesus?); Fazer as opções que ele fez...;
Aceitar as conseqüências da opção feita;
· Desafios da Educação hoje: Educar e ser
educador numa sociedade global e plural; as novidades atuais e os desafios: o
desejo de “ser mais”; o desejo de “ter mais”; o “isolamento” – “fechamento”; o
“risco” e a “violência”; vantagens e novas conquistas.
· Temos uma
cultura – ainda – tecnicista.
· A questão religiosa – onda,
expressões, crescimento, crise, “distúrbio”, ou o que?
· A educação integral – uma
oportunidade que toca Educadores/as Leigos/as;
· O crucificado
não foi crucificado por falar das borboletas e das flores do campo, mas por
questionar porque aqueles homens e mulheres que cuidavam das borboletas e
cultivavam as flores do campo não eram humanizados (não possuíam dignidade
humana).
· Uma sociedade
não humanizada (e não humanizadora) acaba com as propostas daqueles que querem
(desejam) uma sociedade humanizada.
· A ação dos cristãos/ãs e a ação
católica – na sua especificidade, na escola Católica e além da Escola... uma
educação libertadora – uma proposta para a América Latina (Medellín, 1968).
· O trabalho
específico dos Educadores Leigos – um “jeito” próprio de ser e fazer.
· Um modo de viver, e no viver, dar testemunho do que
sente e espera.
· O sujeito da
evangelização na escola já está ali presente... a começar pelos/as leigos/as:
valorizando cada um/a. Pois, ninguém pode arrogar-se de olhar ao céu pedindo
que envie mais operários para a messe, se não sabe valorizar os próprios
sujeitos que ali estão (deu exemplo através de uma
estória contada: um Rei que envia um Jovem/
em um cavalo para repassar uma Mensagem à outro Rei, junto com três
diamantes...).
· Um serviço de
apostolado – na construção do Reino de Deus, um Reino de justiça, de amor e de
paz.
· Um trabalho também
de Igreja, realizado por aqueles que também são Igreja, pois têm uma vocação
específica e realizam com força e esperança a missão que lhes foi confiada.
· É um serviço
necessário e indispensável que se realiza na verdade, e na verdade faz com que
o mundo se desenvolva na caridade.
· Sempre temos que
ter um olhar de esperança, para servir; e, no servir, mudar...
“Tende em vós os
mesmos sentimentos de Cristo” (Filipenses
2,5).
3º
Tema:
As transformações contemporâneas e o impacto na educação
Assessoria de Ricardo Tescarolo
Começou sua
reflexão citando Paul Ricouer (na
perspectiva niilista-materialista) e, depois, cita Paulo Freire (em sua última
entrevista, no “youtube”), com seus dizeres: “eu queria ver as marchas dos
desempregados...” (contextualizando com as marchas e protestos
no momento que acompanhamos pelo Brasil = junho/julho de 2013).
Fazemos tanto e
damos tão pouca atenção com quem está do nosso lado... Sua análise seguiu citando
a hermenêutica que devemos aplicar, ou seja: - temos
que discernir o que está acontecendo... (cf. Mateus 16, 1-4)
Em comentários
interligados o assessor busca situar seu pensamento em forma de comparação com
outros pensadores em questão:
Metamorfose: “A lagarta já morreu, mas a borboleta
ainda não nasceu”
Nunca se sabe se
vai nascer uma borboleta, ou uma mariposa.
Que estrutura
nós abandonamos e que estruturas mantemos?
Cita Franz Kafka:
o homem e a barata (para este processo de metamorfose).
Cita um livro
mais conhecido e comentado como “Espiritualidade
para céticos” (in: Robert C.
Solomon, Ética e Excelência).
Outra citação de
Zygmunt
Bauman:
“O avassalador
sentimento de crise de sentido de igual forma por filósofos, teóricos e
educadores (...) tem pouco a ver com as faltas, os erros e a negligência dos
pedagogos profissionais, tampouco com os fracassos da teoria educacional.”
Outra citação
que segue ao comentário anterior:
“Não se pode
conhecer a si mesmo como convém senão sob a condição que se tenha sobre a
natureza um conhecimento, um saber amplo e detalhado. Conhecimento de si e
conhecimento da natureza estão absolutamente ligados.” (Michael Foucault, Hermenêutica
do Sujeito)
É preciso “Cuidar de si para poder cuidar do outro”
(Análise e
reflexão durante as anotações: Reinaldo João de
Oliveira)
O que faremos
com nossa capacidade crescente de interferir na biosfera e na evolução do
gênero humano?
Saberemos enfim
reunir os povos?
Entramos numa
corrida entre educação e catástrofe... há uma proposta de sustentabilidade
bíblica em Dt 30, 19:
“Hoje
invoco os céus e a terra como testemunhas contra vocês, de que coloquei diante
de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. Agora escolham a vida, para
que vocês e os seus filhos vivam.”
Segue uma das melhores definições de utopia, na opinião do assessor:- “o inédito viável” (por Paulo Freire); mas que, na conclusão da
reflexão, apesar desse inédito viável, precisam ser superadas as “situações
limites”.
Os desafios atuais da Escola Católica para a Contemporaneidade
Assessoria de Pe. João Batista Libanio
(Anotações
de Reinaldo João de Oliveira)
O
título está invertido, por isso uma pergunta: - a escola desafia a
contemporaneidade, ou a contemporaneidade desafia a escola?
Tanto
nós construímos a sociedade, quanto a sociedade nos constrói.
A
contemporaneidade (a cultura), transforma a sociedade...
Se
somente nós transformamos a sociedade é Quixotismo = sobre D. Quixote que lutava contra
os moinhos de ventos... Mas, se a sociedade somente nos transforma isso também
é pessimismo.
Não
estamos numa crise de sociedade, mas de civilização... = Henrique Claudio de Lima Vaz
(mestre do Libanio)
Desde
Platão, a idéia do bem tem nos forjado. E com Tomás, entre outros, Deus é a
grande idéia que comanda a sociedade...
Todas
as culturas nasceram da Religião...
Primeira
grande idéia:
1º A ciência: não é mais a mesma (Ptolomaica)...
Como naquele exemplo pra explicar o Céu: o firmamento... firmados em sete
andares, sob colunas de montanhas...
Chega
Galileu Galilei e
diz que não.... que tudo se pode calcular, que é matemática...
Richard Dawkins (Deus é um delírio): - nada supera a ciência (Não é mais Deus que rege).
Informática e a biotecnologia (duas grandes
ciências que irão dominar o mundo = Betinho, dizia isso na década de 80, 90).
Análise científica (possui
uma pretensão):
“Nós podemos construir um
mundo que não precisa de transcendência... ”
2º Razão
autônoma, iluminista:
só é real o que é inteligível para minha mente (inteligência)... não mais ao
mundo das fábulas (dos mitos fantasiosos = diferente do “mito no sentido profundo”).
Todo
mundo religioso é um mito de fábulas...
Essa
razão pretende explicar todas as coisas = o ser, o sentido... de que se buscou
fazer até então...
A
espiritualidade do ateu não precisa de Deus (é imanente) = Robert Solomon. Essa visão tem atingido muito ainda esta geração, anterior à nossa, ou
seja: - a verdade estava fora de nós (dizendo à importância que havia na força
da Tradição, da
Escritura, da
Família)...
Agora não (hoje em dia): - a
juventude atual (pensa na perspectiva de “a minha experiência... a minha noção
da verdade...”).
Há
o que se chama de uma “Relação
de introjeção” = nós transformamos o objeto em nós! Por
isso, quando não é (não for) captado pela presença da experiência, do objeto,
não é verdade (qualquer coisa, ou afirmação...). Mais do que “não ser verdade”,
é o fato de não se aceitar, não servir pra nada, não valer! Isso é: se não
passar pela experiência dos sentidos.
3º Hermenêutica: o que caracterizou
a razão tradicional... não precisávamos explicar nada... já estava tudo pronto,
explicado.
Nas
famílias mais tradicionais, os pais tomavam a catequese dos filhos (através das
homilias dos padres na missa)...
A
diferença da hermenêutica é relacionar os pensamentos (o que levou o Bento
XVI ficar doente e a renunciar = o relativismo).
Mas,
e isso é característico, é que não há mais como a gente universalizar o
pensamento... (eis a complexidade de se aplicar as verdades filosóficas e
teológicas).
4º A História: A
capacidade de nos mostrar como a verdade atravessa o tempo, e um eixo de
permanência (a dialética entre a verdade e o erro)... Nos mostra como as idéias
vão se modificando!
Um
Papa disse uma vez que a vacina era um erro, pecado... (a peste era um projeto
de Deus, pois era um castigo) = Logo, opor-se ao projeto de Deus era errado.
Adendo de uma reflexão pessoal (questão para
refletir, aprofundar): um fato que Libanio não entrou, não comentou, neste
aspecto = “A questão do dogma (ou da infalibilidade papal).” Ele somente situou
que nos fatos históricos estão também os sinais da presença de Deus.
5º Tradição: A
ação da civilização... (p. ex. as “obras de misericórdia”). O Pensamento
moderno = todo pecado graça, toda graça um pecado...
A importância da Práxis:
por que, ou como, uma “obra boa” pode ser ruim?(ou seja: - a realidade
transformadora da obra). Um exemplo como resposta em cima das reflexões de Paulo Freire,
onde este reflete que a “esmola é alienação”: “deu presentinho no final do ano”
= obra boa..., mas “explorou o ano todo” = práxis.
Da
modernidade à pós-modernidade (os termos são discutíveis) = “pós” não significa
depois, mas como se continuasse durante o momento presente...
A
pós- modernidade é a modernidade avançada (pós-industrial)... um novo tipo de
produção em que o conhecimento é mais importante que a matéria.
O
Produto é o conhecimento. O futuro da humanidade será que detém o
conhecimento... aqueles que produzem conhecimento (...).
A Sociedade contemporânea: Elites produtoras
do conhecimento (Havard, University´s...); Segundas classes (os que irão gerir
o conhecimento: médicos, Empresários que vendem...); Terceiras classes
(consumidores...); classes últimas... marginalizados / explorados...
Reflexão pessoal (Reinaldo
J. Oliveira): a sociedade tal como Platão
também pensou e “planejou” = a Polis
em seu livro “a República”.
Diz
Libanio: O que faremos na Educação? Quem são aqueles/as que frequentam nossas
escolas? Provavelmente não são os classe 1 e nem os classes 2 (talvez)... mas,
como nós prepararemos para que sejam os produtores/as...
= O que iremos formar?
Pois
sabemos que educar para “o uso tão somente” é fácil (os consumidores...) =
ensino das técnicas... Mas, o mais difícil, e menos valorizado, é justamente o
ensino sobre valores (humanos, cristãos, cidadãos, éticos).
Um
elemento que estaria a grande diferença para trabalharmos na escola: “a subjetividade”.
De
Descartes pra frente: O individualismo...
conquistador, dominador...
A pós-modernidade:
o eu é um eu do prazer... o maior valor é o prazer (para o bem ou para o mal):
sugestão de um livro sobre isso = “GUILLEBAUD, Jean-Claude. A tirania do prazer.
Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999.”
Temos
que ter um olhar de suspeita: o prazer quer dizer que o que
interessa não é o fora de mim, mas que tudo o que existe é “para que eu esteja bem...” enquanto que o sair
de mim não interessa.
Ou
seja: o prazer é só para mim!
“Eu
enquanto eu!” = e tão somente isso mesmo.
Celebração
que interessa é aquela que eu possa ter prazer... Outras não interessam (cansa,
é exigente...).
Assim,
Libanio concluiu sua reflexão e aprofundou mais na vivência litúrgica da missa
em que presidiu para todos os presentes neste encontro...
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